A misericórdia na visão Franciscana
Introdução
Em Francisco de Assis, a misericórdia tem um alcance extraordinário. Refere-se, sobretudo, ao amor-compaixão que abarca o ser humano e todas as criaturas. É a expressão singular daquela ternura que supera os muros e as fronteiras do mundo egocêntrico. É algo que afeta e atinge o outro na sua totalidade. É um amor visceral, que se comove e se move, com dinâmica própria, na direção do homem irmão e da mulher irmã. Ultrapassa as formas e estruturas instituídas. Procura o outro, independentemente de suas situações e condições sociais, econômicas, políticas, culturais e religiosas. Assim, estamos diante de uma expressão significativa inspirada na proposta do Evangelho, assumida por esse homem, que decidiu abrir mão de todos os privilégios, por força do amor maior.
1- “E eu tive misericórdia com eles”
O percurso de conversão de Francisco está carregado de marcas e experiências importamtes. Desde o seu lugar, desde a sua família, ele passou por rupturas e mudanças pessoais sensíveis. As rupturas familiares, as renúncias aos prazeres da juvuntude, o abandono do círculo de amigos, os refúgios nos lugares solitários... Tudo isso são reflexos das mudanças internas e externas de Francisco.
As biografias nos relatam uma série de encontros significativos que nortearam o deslocamento, essa reviravolta na vida do jovem de Assis. Entre esses, o mais destacado é o encontro com o leproso (e demais leprosos). Essa experiência ficará impressa na vida do Poverello. Diante do desfigurado ele se deparara com a concretude do Crucificado, com quem se comunicara na capela de São Damião. A experiência da sua conversão desencadeará a seriedade do seu trabalho de restauro, desde a sua interioridade. Em seguida, trabalhará em favor de restaurar a verdadeira Igreja do Senhor.
A iniciativa de Deus mudará o rumo da vida do jovem da cidade de Assis. Novos horizontes serão abertos. O lugar de Francisco passará a ser outro, completamente diferente. A sua inserção entre os leprosos será um fator determinante na sua resposta ao chamado do Senhor e, ao mesmo tempo, adquirirá um comprometimento específico no seu itinerário de conversão.
O Testamento acentua com força a iniciativa de Deus e a experiência do Poverello: “Foi assim que o Senhor me concedeu a mim, Frei Francisco, iniciar uma vida de penitência: como estivesse em pecado, parecia-me deveras insuportável olhar para leprosos. E o Senhor mesmo me conduziu entre eles e eu tive misericórdia com eles e enquanto me retirava deles, justamente o que antes me parecia amargo se me converteu em doçura da alma e do corpo. E depois disto demorei só bem pouco e abandonei o mundo.” (Test 1-3).
A leitura e o encontro com o Evangelho (1Cel 22) levam Francisco a encontrar-se com o Cristo, vivo e crucificado, na pessoa do leproso. À época, essa determinação significara o resgate do ser humano, deformado, sem nome, nem lugar na esfera social. O leproso não era considerado gente. Era um “selvagem” de chocalho no pescoço que provocava medo, nojo.
O caminho de Francisco está determinado por mudanças sensíveis. Depois daquele encontro objetivo, ele vive novo modo de pensar, perceber e sentir a vida. Tudo aconteceu por iniciativa do Senhor. Foi conduzido por Deus a fazer uma experiência radical da misericórdia. Superou, então, as barreiras do medo e do preconceito. Aproximou-se do irmão, relacionando-se com ele horizontalmente, frente a frente. Esse encontro significou, também, acolhimento da realidade humana, nua e crua. Foi nessa carne deteriorada que Francisco superou a amargura e a repugnância.
Por extensão, veremos que o confronto de Francisco com as feridas e as moléstias da realidade social do seu tempo transformara seu espírito de grandeza. Seus ideiais de prestígio e ascendência social, o status quo, mudaram de eixo e adquiriram nova roupagem. Não usará mais as vestes identificatórias de classe social, luxuosas, mas os “farrapos” dos marginalizados, dos mendigos, dos leprosos. Já em sua ida a Roma Francisco assumira essa mudança de vestes, quando se misturou aos mendigos, vestindo-se como eles (2 Cel 8; LTC 10; LM 1,6)). Esse confronto sugere o despojamento que cada franciscano e franciscana, hoje, precisa realizar.
A misericórdia é um jeito de andar na contramão das relações formais e preestabelecidades. É um não-conformar-se com as estrutras que marginalizam e jogam para o canto o irmão e a irmã, às vezes considerado inútil, cujo sustento custa muito caro às instituições do sistema capitalista. A misericórdia implica uma mudança de mentalidade, um modo de entender e sentir a realidade e o mundo. Comprende um olhar diferente, não a partir de uma organização social definida, mas a partir de um amor desentranhável da profunda humanidade de cada um. Um olhar que não esbarra nas aparências, nos padrões estéticos, nos “modelos perfeitos” de homem ou de mulher.
Movido de compaixão, Francisco apeou do seu cavalo (imagem representativa do orgulho, presunção, superioridade), abraçou e beijou o leproso (1Cel 17; LTC 11; LM 1,6). Não se trata de uma iniciativa organizada ou programada, mas de uma ternura insopitável. Desde então, não olhava o outro segundo valores das aparências. Ao contrário, sentia o outro próximo em toda a sua grandeza. A misericórdia de Francisco levou-o a perceber que o leproso é maior que a sua lepra; que o homem é maior que seus limites e que o irmão e a irmã são maiores que seus pecados. Porque o amor devolve ao ser humano o tratamento à altura da sua dignidade.
Em suma, a experiência do Crucificado tornou Francisco capaz de coloca-se ao lado dos desfigurados do mundo. Amadureceu seu modo de pensar, sentir e perceber o outro, não mais com repugnância, mas sim com a vertigem de reconhecer um ser semelhante a Cristo, senão o próprio Cristo. Passou a tratar os sem lugar na esfera social – leprosos, bandidos, vagabundos... – como irmãos. E aquilo que antes lhe parecia amargo, transformou-se em doçura. A misericórdia superara o indiferença e o egoísmo do seu coração. O franciscano e a franciscana de hoje precisam fazer o mesmo caminho: “Sede misericordiosos como vosso Pai celeste é misericordioso” (Lc 6, 36).
2- “Não haja no mundo irmão que pecar, o quanto puder pecar, que, após ter visto teus olhos, nunca se afaste sem a tua misericórdia...”
A carta que São Francisco enviou a um Ministo, escrita entre os anos de 1221 e 1223, é um extraordinário documento sobre a misericórdia, estabelece grande ensinamento e nos aproxima do coração do Poverello. Nela, encontramos a chave evangélica para o exercício contínuo do amor fraterno no seio das fraternidades e no meio do mundo. Cada franciscano e franciscana não pode esquivar-se diante do irmão e da irmã que precisa de misericórdia. É a missão mais relevante herdada pelos filhos e filhas de São Francisco de Assis.
O coração da Carta é este: “E nisto quero reconhecer se tu amas o Senhor e a mim, servo dele e teu. se fizeres isto: não haja no mundo irmão que pecar, o quanto puder pecar, que, após ter visto teus olhos, nunca se afaste sem a tua misericórdia, caso buscar misericórdia. Se não buscar misericórdia, pergunta-lhe se quer obter misericórdia. E se depois ele pecar mil vezes diante de teus olhos, ama-o mais do que a mim, para trazê-lo ao Senhor; e tenha sempre misericórdia desses irmãos.” (CtaM 9-11)
Os conselhos de Francisco se fundamentam na experiência da misericórdia do Senhor para com a sua pessoa. Considerava-se o maior pecador do mundo. Numa ocasião, Frei Masseo perguntou-lhe: “´Por que todo o mundo anda atrás de ti (...)? Não és homem belo de corpo, não és de grande ciência, não és nobre: donde vem, pois, que todo o mundo anda atrás de ti?´ E São Francisco disse: `(...) Isto recebi dos olhos de Deus altíssimo, os quais ... não encontraram entre os pecadores nenhum mais vil nem mais insuficiente, nem maior pecador do que eu...´” (Fioretti 10).
Certamente, a Carta a um Ministro faz alusão a muitas passagens dos evangelhos, como referências fundamentais para o bom exercício da misericórdia. Pois, sabemos muito bem, que ele costumava discenir as coisas e as situações da vida fraterna a partir dos conselhos evangélicos. À luz do Evangelho, ele crescia no amor e acolhia o irmão como dom precioso de Deus para si mesmo e para os demais (Test 14-15). Por isso, essa carta pode estar inspirada na resposta de Jesus à pergunta de Pedro: “quantas vezes devo perdoar ao meu irmão?” (Mt 18,21-22). A lógica evangélica não julga o outro com base em sistemas numéricos, mas com base no amor incondicional. Do mesmo modo, aquele gesto de Maria de Betânia, que não poupou perfume (Jo 12,1-11), não se prendeu a cálculos matemáticos. O amor foi tão intenso (e o é, quando é expresso gratuita e informalmente) que se dilatou. Não se importou com os parâmetros da contenção. O amor não é econômico. Esbanja toda sua essência e alcança a todos.
Como São Francisco o fez, enquanto guardião e servo dos irmãos, assim o Ministro devia fazer: trilhar o mesmo caminho, isto é, se o irmão “não buscar misericórdia, pergunta-lhe se quer obter misericórdia. E se depois ele pecar mil vezes diante de teus olhos, ama-o mais do que a mim, para trazê-lo ao Senhor” (CtaM 10-11). Podemos dizer, então, que o Ministro foi exortado por Francisco a afigurar-se ao pastor que saiu à procura da ovelha perdida “e quando a encontra, com muita alegria a coloca nos ombros.” (Lc 15,3-7). O Ministro deveria assumir este serviço: dar o ombro, muitas vezes, ao irmão “difícil”. Ou ainda, afigurar-se à mulher que varre toda a casa à procura de uma dracma perdida, cujo valor estava além do fator econômico (Lc 15,8-10). O irmão está acima de qualquer condicionamento ou limite existencial. O mesmo se diga da figura do “pai misericordioso” (Lc 15,11-32), que o Ministro devia encarnar: sair ao encontro do irmão quando este ainda estiver distante e, por causa do amor fraterno, envolvê-lo em seus braços (Lc 15,20), trazendo-o para o Senhor, amando-o com intensidade.
Em nome da misericórdia, o Ministro não pode perder a esperança de recuperar o irmão. A história da salvação é a história da misericórdia, cujo responsável maior é Deus. Ele não se cansa de perdoar. O interesse do pastor, a diligência da mulher e a misericórdia do pai correspondem à ternura de Deus para com o ser humano. Francisco compreendeu o carinho do Senhor e usou de misericórdia com cada irmão. A experiência de fraternidade nos permite viver a capacidade misericordiosa de perdoarmos e sermos perdoados. A intenção de Francisco é realizar um mundo fraterno ou reinventar o mundo, a partir da vivência de fraternidade.
3- “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai”
Na mesma perspectiva evangélico-franciscana, caminha, hoje, o Papa Francisco. Ao proclamar o Ano jubilar da Misericórdia, com a bula Misericordiae Vultus, ele procura recuperar na Igreja o valor quase esquecido da misericórdia. Aliás, esse assunto é uma marca significativa do seu pontificado. Seus discursos e reflexões abordam constantemente o tema.
Logo no início do seu ministério, no Angelus do quinto domingo da quaresma, 17 de março de 2013, refletindo sobre o evangelho do dia (Jo 8, 1-11), dizia: “(...) Impressiona o comportamento de Jesus: não ouvimos palavras de desprezo, não ouvimos palavras de condenação, mas apenas palavras de amor, de misericórdia, que convidam à conversão: `Também Eu não te condeno. Vai e doravante não tornes a pecar´ (v. 11). Irmãos e irmãs, o rosto de Deus é o de um pai misericordioso, que sempre tem paciência. (..) Um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo. Precisamos compreender bem esta misericórdia de Deus, este Pai misericordioso que tem tanta paciência com a sua humanidade” Não esqueçamos esta verdade: Deus nunca Se cansa de nos perdoar; nunca! mas nós às vezes cansamo-nos de pedir perdão. Não nos cansemos jamais, nunca nos cansemos!”.
Alguns trechos da bula que destacamos a seguir reafirmam a reflexão supracitada. São trechos que nos mergulham na dinâmica amorosa de Deus. O Papa acentua, em primeiro lugar, a fonte e origem da misericórdia (n. 1). Depois, caracteriza o sentido e ressonância da misericórdia: “Precisamos sempre contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o acto último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.” (n. 2).
Frente à realidade contemporânea, com tantos desafios, a Igreja reassume o compromisso de ser sinal do amor de Deus mundo atual, compromisso assumido na abertura do Concílio Vaticano II. Citando São João XXIII, o Papa Francisco expressa: « Nos nossos dias, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que o da severidade. (…)” (n. 4). Trata-se de um modo de ser, sentir e agir em relação às feridas que tanto machucam o coração das pessoas.
Adentrando no espírito da palavra, o Papa afirma: “Em suma, a misericórdia de Deus não é uma ideia abstrata, mas uma realidade concreta, pela qual Ele revela o seu amor como o de um pai e de uma mãe que se comovem pelo próprio filho, até ao mais íntimo das suas vísceras. É verdadeiramente caso para dizer que se trata de um amor « visceral ». Provém do íntimo como um sentimento profundo, natural, feito de ternura e compaixão, de indulgência e perdão.” (n. 6).
Na prática, a misericórdia implica mudança de atitudes. Implica algo concreto, principalmente, no que diz respeito ao zelo fraterno: “Falar mal do irmão, na sua ausência, equivale a deixá-lo mal visto, a comprometer a sua reputação e deixá-lo à mercê das murmurações. Não julgar nem condenar significa, positivamente, saber considerar o que há de bom em cada pessoa e não permitir que venha a sofrer pelo nosso juízo parcial e a nossa pretensão de saber tudo. Mas isto ainda não é suficiente para se exprimir a misericórdia. Jesus pede também para perdoar e dar.” (n. 14).
E ainda mais, o cristão precisa sair da sua “zona de conforto” e perceber de perto a realidade que fere e ameaça constantemente a vida: “Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-las para que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo (...)Em cada um destes « mais pequeninos », está presente o próprio Cristo. A sua carne torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga ... a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós.” (n. 15).
O desejo do Papa neste Ano Jubilar é atingir a todos: “Quanto desejo que os anos futuros sejam permeados de misericórdia para irmos ao encontro de todas as pessoas, levando-lhes a bondade e a ternura de Deus! A todos, crentes e afastados, possa chegar o bálsamo da misericórdia como sinal do Reino de Deus já presente no meio de nós.
” (n. 5). Trata-se de uma proposta sem fronteiras: “A misericórdia possui uma valência que ultrapassa as fronteiras da Igreja. Ela relaciona-nos com o judaísmo e o islamismo, que a consideram um dos atributos mais marcantes de Deus. Israel foi o primeiro que recebeu esta revelação, permanecendo esta na história como o início duma riqueza incomensurável para oferecer à humanidade inteira.” (n. 23).
Acima de tudo, enquanto caminha pelas estradas do mundo, com a participação afetiva e efetiva de cada um dos seus membros, inclusive de todos os franciscanos e franciscanas, sendo portadores da Boa Nova, “A Igreja tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho, que por meio dela deve chegar ao coração e à mente de cada pessoa. A Esposa de Cristo assume o comportamento do Filho de Deus, que vai ao encontro de todos, sem excluir ninguém.” (n. 12).
Conclusão
São Francisco de Assis completou sua peregrinação terrena reconciliado com todos e todas as criaturas. O Cântico das Criaturas é reflexo de um espírito reconciliado. Soube acolher a misericórdia de Deus. Soube amar ao próximo de maneira incondicional. Soube viver o perdão de forma densa e profunda. Reconheceu, portanto, a ação do Senhor em sua vida e na vida daqueles que sabem perdoar. Por causa disso louva e agradece: “Louvado sejas, meu Senhor, pelos que perdoam por teu amor, e suportam enfermidades e tribulações. Bem-aventurados os que as suportam em paz, que por ti, Altíssimo, serão coroados.” (Cântico das Criatuas, 10-11).
Depois de um percurso de profundas mudanças, o Poverello terminou sua vida numa grande ação de graças pela benevolência do Altíssimo e Sumo Bem, a Ternura e a Simplicidade: “Vós sois o Bem, o Bem universal, o sumo bem, Senhor e Deus, vivo e verdadeiro. Vós sois a delícia do amor... Vós sois a Humildade. Vós sois a Paciência. Vós sois a Segurança. Vós sois o Descanso. Vós sois a Alegria e o Júbilo. Vós sois a Justiça e a Temperança. Vós sois a Plenitude e a Riqueza. Vós sois a Beleza. Vós sois a Mansidão. Vós sois o Protetor. Vós sois o Guarda e o Defensor. Vós sois a Fortaleza. Vós sois o Alívio. Vós sois nossa Esperança. Vós sois nossa Fé. Vós sois nossa inefável Doçura. Vós sois nossa eterna Vida, Ó Grande e Maravilhoso Deus, Senhor Onipotente, Misericordioso Redentor.” (Louvores ao Deus Altíssimo).
Enquanto franciscanos e franciscanas não deixemos que a tirania das aparências marginalize o irmão e a irmã. Não deixemos que a economia esmague a riqueza da vida fraterna, que tem como maior valor os dons espirituais de cada irmão e irmã (EP 85). Não deixemos que o individualismo ofusque a cordialidade. Não permitamos que a intolerância nos impeça de praticar a misericórdia. Somos todos irmãos e irmãs dados uns aos outros por Deus, para construirmos fraternidade, lugar de misericórdia.
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FONTES
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