O primeiro que veio a Parma foi Frei Bento, chamado frade da Corneta, homem simples e sem cultura, mas de verdadeira inocência e honestidade de vida. Eu o vi e tratei com ele familiarmente em Parma e depois em Pisa. De fato, era originário do vale de Espoleto, ou dos lados de Roma. Não pertencia a nenhuma religião, se se entende congregação religiosa, mas vivia por sua conta, empenhando-se em agradar só a Deus; era muito amigo dos frades menores...
E eu, do alto de um muro do palácio episcopal, que estava sendo construído nesse tempo, vi-o muitas vezes quando estava pregando e louvava a Deus. Começava seus louvores deste modo, dizendo em vulgar: “Louvado, bendito e glorificado seja o Pai!”. E as crianças repetiam em alta voz essa invocação. Depois repetia as mesmas palavras, acrescentando: “seja o Filho”. Os meninos recomeçavam e cantavam as mesmas palavras. Repetia pela terceira vez, acrescentando: “seja o Espírito Santo!”. E depois: “Aleluia, Aleluia, Aleluia”. Então tocava a trombeta e depois pregava,dizendo alguma boa palavra para o louvor de Deus. Terminada a pregação, saudava Nossa Senhora com estes versos: “Ave Maria, clemente e piedosa, etc.” (pp. 100-101).