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Vida Religiosa Consagrada na Igreja hoje: testemunhas da alegria e do amor misericordioso do Pai

05/07/2016 - 09h46
Frei Airton, OFMCap. ministrou retiro espiritual para as religiosas do Instituto Filhas do Puríssimo Coração da Santíssima Virgem Maria.

"Vida Religiosa Consagrada na Igreja hoje: testemunhas da alegria e do amor misericordioso do Pai", foi o tema do retiro espiritual ministrado para as religiosas do Instituto Filhas do Puríssimo Coração da Santíssima Virgem Maria, congregação de religiosas de origem polonesa fundada por um frade capuchinho, Beato Honorato Kozminski no ano de 1885.

A congregação está presente em vários países da Europa, sobretudo na parte oriental, onde predominava o comunismo de forte tendência secularista e de perseguição da religião cristã. As irmãs estão presentes no Brasil desde o ano de 1990, tendo como tarefa de seu carisma o trabalho com crianças e jovens em escolas, creches e orfanatos e onde houver necessidade, conforme os dons de cada irmã. Possui uma espiritualidade Franciscana e Mariana, buscando o modelo do seguimento de Jesus por Francisco de Assis e o exemplo da Virgem Maria; buscam viver o amor perfeito pela via dos conselhos evangélicos, consagrando-se a própria pessoa a Deus, sem a necessidade de manifestarem publicamente os sinais de sua vocação.

Nas Constituições do Instituto, menciona que as irmãs devem ter estreito vínculo com os irmãos Capuchinhos, cujo fundador pertencia à nossa Ordem Religiosa. Desde que chegaram ao Brasil, a convite de Dom Agostinho, frade conventual e falecido bispo da Diocese de Luziânia, as irmãs não tiverem contato com os Capuchinhos. Buscando essa aproximação, as religiosas buscaram um frade que pudessem assessorar os exercícios espirituais; tarefa que coube a mim. Sua convivência até então tem sido com os irmãos conventuais.

Aproveitando as luzes que o Ano da Vida Consagrada e o Ano Santo extraordinário da Misericórdia deram à Igreja e, sobretudo a Vida Religiosa, fizemos esse caminho, buscando acolher o que nos foi pedido como religiosos pelo Papa Francisco, um "novo reencantamento" conduzidos pelo Espírito Santo em vista de uma renovação que nos leve à fidelidade ao Evangelho e ao Carisma que deu origem à cada instituto religioso.

Uma renovação que visualize, não somente a preservação do instituto e de suas obras, mas um novo compromisso no dinamismo que nos impõe e pede a nova evangelização: ser sinal da "alegria do Evangelho", "testemunhas da alegria" com o rosto do Pai misericordioso. Para isso é preciso fazer "memória agradecida do passado, viver com compaixão o presente e assumir o futuro com esperança" sem ter medo dos desafios. Estes, são questionamentos que nos fazem retornar sempre ao amor primeiro e, reencantar-se novamente pelo seguimento de Jesus, assumindo suas atitudes de ser próximo daqueles que se encontram na margem ou sem vida e esperança nos tempos atuais.

Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB

Por Frei Airton Sousa Guedes (Fraternidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Ceilândia-DF)

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