Bem-aventurado Gandolfo de Binasco
Sacerdote da Primeira Ordem (+ 1260). Leão XIII aprovou seu culto no dia 10 de março de 1881.
Gandolfo nasceu nos finais do século XII e princípio do XIII na província de Milão, diocese de Pavia. Ele foi educado por pais cristãos, iniciado por seu pai na literatura e doutrina cristã. Fascinado pelo exemplo de vida e da regra evangélica de São Francisco, seu contemporâneo, com generosidade heróica deixou o mundo, distribuiu sua riqueza entre os pobres e pediu para ser admitido na Ordem dos Frades Menores.
Como um verdadeiro seguidor do Pobrezinho Seráfico, dedicou-se à oração, ao estudo e à penitência. Sacerdote de Cristo, dedicou toda sua vida pelo bem das almas no ministério da pregação e evangelização. Descalço e com o crucifixo na mão, que ele dizia ser sua arma, pregou nas maiores cidades da Itália, com palavras simples e ardentes; as conversões foram numerossímas. Segunda, quarta e sexta-feira passava a pão e água. Rigorosamente observava três quaresmas no ano: Páscoa, Natal e a chamada dos “Bem-aventurados”, que começa com a Epifania e dura quarenta dias. Sua áspera túnica cobria seu corpo magro, mortificado pelo silício.
Estava profundamente convencido de que o ministério da palavra só é eficaz para levar almas a Cristo e expiar e reparar os pecados da humanidade, quando acompanhados por oração e penitência. Depois de muitas peregrinações apostólicas chegou à Sicília, onde passou a última parte de sua vida de penitência.
Em um eremitério perto de Polizzi Generosa, a 98 quilômetros de Palermo, retirou-se para se dedicar mais livremente à vida celestial e levar seu espírito ao paraíso pela meditação. Frei Pascual, homem virtuoso, era seu companheiro na oração e solidão.
Várias vezes ele deixou o eremitério em Gandolfo para ir à evangelização. Em 1260, ele foi convidado a pregar durante a Quaresma em Polizzi Generosa. Ele pregava e produzia grandes resultados. Só parou para assistir à morte de seu fiel seguidor Irmão pascal, que havia permanecido no eremitério. Quarta-feira Santa, como ele pregava, foi interrompida pelo som de um bando de andorinhas, que inesperadamente entrou no templo. Em nome do Senhor pediu silêncio a elas e foi atendido.
No Sábado Santo, o bem-aventurado anunciou à cidade de Polizzi que já não voltaria a pregar mais. Na verdade, naquele dia se sentiu mal, e pediu a unção dos enfermos. Então, ele pegou o crucifixo nas mãos, beijou-o repetidamente com suspiros profundos, e serenamente partiu desta vida. Era 3 de abril de 1260.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.