Bem-aventurado Tomás de Florência
Religioso da Primeira Ordem (1370-1447). Aprovou seu culto Clemente XIV no dia 24 de agosto de 1771
Tomás nasceu em Florência em 1370. Na juventude, ficou conhecido por suas más companhias. Mas depois, edificado pela piedade e mortificação de Angel Paz e de seus confrades de uma pia união, decidiu-se converter.
Depois de uma boa confissão, abandonou suas más companhias e os lugares de vício e decidiu abandonar o mundo para entrar no vizinho convento de Fiesole. Dirigiu-se ao célebre pregador João de Stroncone rogando para aceitá-lo. Por sua vida escandalosa teve um pouco de dúvida, mas logo quando notaram sinais evidentes de sua conversão sincera, em 1400 foi aceito entre os Irmãos Menores. Tinha então 30 anos.
Prontamente se distinguiu pelas virtudes da penitência e mortificação. Depois do noviciado, foi nomeado mestre de noviços. Os muito discípulos formados em sua escola testemunharam o zelo, a disciplina e a competência com que atendeu a este delicado ofício. Em 1420, ao voltar da Calábria, onde havia estado com João de Strocone, foi autorizado por Martin V a dirigir uma luta contra os hereges da república de Siena e do território de Piombino. Dois anos depois, São Bernardino de Sena, com a morte de Juan de Stroncone ocorrida em 1418, nomeou Tomás comissário provincial dos conventos por ele fundados em Scarlino, Radicondoli e outros lugares.
Em Scarlino, Tomás estabeleceu sua residência e ali permaneceu até 1439. Ali instituiu o noviciado designando mestre de noviços ao Bem-aventurado Antônio de Stroncone, sobrinho de João. Em 1439, o bem-aventurado Alberto de Sarteano, nomeado por Eugênio IV esteve com os Jacobitas de Síria, Egito e Etiópia, junto com outros confrades escolhidos como colaboradores, entre eles, Tomás. Acolhidos favoravelmente pelo Sultão do Egito, os enviados do Papa desenvolveram sua missão. O bem-aventurado Alberto se adoentou e se viu forçado a regressar à Itália em 1441, pelo que delegou ao bem-aventurado Tomás a fazer suas vezes. Em seguida, com três companheiros viajou à Etiópia. Duas vezes foram presos pelos muçulmanos. Submetidos aos tormentos da fome e da flagelação, estavam a ponto de ser assassinados. Foram liberados por mercadores florentinos, por gestão do bem-aventurado Alberto, que conseguiu fazer chegar a tempo o dinheiro necessário para o resgate. Em 1445 regressou à Itália. Próximo de Rieti se adoentou, sendo levado ao Convento de São Francisco, onde morreu no dia 31 de outubro de 1447.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.