Serva de Deus Maria Josefa do Menino Jesus
(Barbara Micarelli) (1845-1909). Fundadora das Irmãs Franciscanas Missionárias de Jesus Menino.
Nascida em Sulmona em 3 de dezembro de 1845, filha de Bernardino Micarelli e Santini Celestina, Barbara Micarelli viveu a infância em sua cidade natal. Em 1858 morou em Áquila. Ela faz os seus estudos com as Irmãs do Menino Jesus. Aos 20 anos de idade fica gravemente doente e é milagrosamente curada por intercessão de São José e sente a inspiração de se dedicar ao serviço dos pobres, órfãos, abandonados e fundar um Instituto de Irmãs que servem à Igreja.
Ao mesmo tempo sente motivada fortemente a buscar luz e apoio em São Francisco de Assis. Com a morte de sua mãe e o casamento de sua irmã Maria Donata de 1869, com a irmã Carmela se dedica às obras de caridade. Em 21 de novembro de 1870 sai de casa e começa a levar uma vida em comum com sua irmã Carmela e Catarina Vicentini, com quem, sob a autoridade do Arcebispo de Áquila se dedica a ensinar o catecismo, educação e formação, organiza a escola de trabalho, visita os doentes e os pobres em suas casas. Como o número de alunos aumenta, muda-se para casa de seus pais e logo para um local maior próximo a Santa Maria di Farfa. Este serviço atrai a muitos mas desperta muita resistência no ambiente maçônico em Áquila na época.
No Natal de 1879, em Roma, com o nome de Irmã Maria Josefa do Menino Jesus, recebe o hábito franciscano de penitência do Ministro Geral dos Frades Menores, Padre Bernardino de Portogruaro, e assim nasceu a comunidade Franciscanas Missionárias do Menino Jesus.
A comunidade está crescendo continuamente em Áquila, não sem dificuldades, como a morte dos dois primeiros comissários franciscanos PP. Eusebio da Pratola e Pascoal da Gambatesa, e as posteriores incompreensões. Começam as novas fundações, incluindo a de Santa Maria dos Anjos, para onde se muda a madre fundadora e o noviciado para arraigar a formação do Instituto na fonte da espiritualidade franciscana. Ali abre a escola para estudos e trabalhos, visita aos doentes, assiste aos moribundos, ensina o catecismo. Enquanto isso, são aprovadas as Regras e Constituições do Instituto.
No primeiro capítulo geral do Instituto em 1894, por desentendimentos pessoais, interferência externa e contradições em relação ao governo do Instituto, a madre fundadora é deposta do governo, nomeada a mestra de noviças e logo depois enviada para a Sardenha (novembro de 1897) com o pretexto de fundar uma casa lá. Ao ficar doente gravemente, volta para a Itália, e não podendo continuar a sua viagem a Assis por causa de sua doença, permanece em Roma hospedando na casa das piedosas senhoras; devido às dificuldades no Instituto se vê forçada a permanecer em Roma por dez anos, em meio a enfermidades e o abandono das suas. Quando acredita superadas as dificuldades no Instituto, após o Capítulo de 1906, retorna a Santa Maria dos Anjos em 25 de março de 1909, desejosa de encontrar e abraçar novamente suas irmãs, mas não é bem-vinda na casa. Uma nova versão da Perfeita Alegria? Por isso se vê forçada a encontrar acomodação entre as Irmãs Franciscanas de Assis, onde morreu perdoando e pedindo perdão em 19 de abril de 1909, assistida pelo Pe. Brinci Feliciano, um franciscano. Seus restos mortais foram levados para a capela da Casa Mãe em Santa Maria dos Anjos pela Madre Matilde Zambini.
O Instituto das Irmãs Franciscanas Missionárias do Menino Jesus se abre à missão “ad gentes” e funda fraternidades: no Peru (1927), Líbia (1929), Bélgica (1952), EUA (1961), Colômbia (1964), Argentina ( 1964), Filipinas (1980), Bolívia (1982) Albânia (1992), Paraguai (1997). Está em processo de beatificação.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.