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26. O almoço oferecido ao médico

Texto Original

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1 Eodem tempore mansit beatus Franciscus pro infirmitate oculorum apud heremitorium fratrum de Fonte Columbarum prope Reate. 
2 Cumque quadam die visitaret ipsum medicus oculorum eiusdem civitatis et maneret cum illo per aliquam horam sicut sepe consueverat, dum vellet recedere, dixit beatus Franciscus uni de sociis suis: “Ite et date medico optime manducare”. 
3 Respondit ei socius eius dicens: “Pater, cum verecundia dicimus, quia tantum pauperes sumus modo quod verecundamur ipsum invitare et dare illi modo ad manducandum”. 
4 Dixit ad socios suos beatus Franciscus: “Modice fidei (cfr. Mat 8,26), nolite me facere amplius dicere”. 
5 Dixit medicus ad beatum Franciscum et ad socios suos: “Frater, ex quo fratres sunt ita pauperes, cum ipsis libentius comedere volo”. 
6 Erat ille medicus multum dives, et cum sepe invitaverint ipsum beatus Franciscus et socii eius, noluit ibi comedere. 
7 Iverunt ergo fratres et paraverunt mensam, et cum verecundia apposuerunt modicum panis et vini quod habebant et parum de oleribus que fecerant pro se ipsis. 
8 Et sedentibus illis ad mensam, cum parum adhuc comedissent, et ecce ostium heremitorii fuit pulsatum. 
9 Exurgens unus de fratribus ivit et aperuit ostium. 
10 Et ecce quedam mulier apportans magnum canistrum plenum de pulchro pane et piscibus, mastillis gammarorum, melle et uvis quasi recentibus, que miserat ad beatum Franciscum quedam domina cuiusdam castri, quod distabat ab heremitorio quasi .VII. miliaria. 
11 Quibus visis, fratres et medicus ille mirati sunt valde considerantes sanctitatem beati Francisci. 12 Unde dixit ad fratres medicus ille: “Fratres mei, nec vos sicut debetis nec nos cognoscimus sanctitatem huius sancti”.

Texto Traduzido

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1 No mesmo tempo o bem-aventurado Francisco permaneceu, para cuidar da enfermidade dos olhos, no eremitério dos frades em Fonte Colombo, perto de Rieti. 
2 Como certo dia visitasse-o o médico oculista dessa cidade e ficasse com ele por algumas horas, como costumava, quando quis ir embora, disse o bem-aventurado Francisco a um de seus companheiros: “Ide e fazei que o médico coma otimamente”. 
3 O companheiro respondeu: “Pai, nós o dizemos com vergonha, porque somos tão pobres que ficamos envergonhados de convidá-lo e dar-lhe agora de comer”. 
4 O bem-aventurado Francisco disse a seus companheiros: “Homens de pouca fé, não me façais dizer mais nada”. 
5 Disse o médico ao bem-aventurado Francisco e a seus companheiros: “Irmão, justamente porque os frades são tão pobres, de mais boa vontade quero comer com eles”. 
6 Esse médico era muito rico e muitas vezes que o bem-aventurado Francisco e seus companheiros o tinham convidado, não quis comer lá. 
7 Então os frades foram e preparam a mesa, e com vergonha puseram um pouco de pão e vinho que tinham e um pouco de verduras que tinham feito para eles mesmos. 
8 Mas quando se sentaram à mesa, quando ainda tinham comido só um pouco, bateram à porta do eremitério. 
9 Um dos frades levantou-se, foi e abriu a porta. 
10 Lá estava uma mulher trazendo uma grande cesta cheio de um belo pão e de peixes, pastéis de camarão, mel e uvas quase recentes, que tinham sido enviados ao bem-aventurado Francisco por uma senhora de um castro que ficava a quase sete milhas do eremitério. 
11 Quando viram isso, os frades e o médico ficaram muito admirados, considerando a santidade do bem-aventurado Francisco. 
12 Por isso, o médico disse aos frades: “Meus irmãos, nem vós nem nós conhecemos como devemos a santidade deste santo”.