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Capítulo 149

Texto Original

Caput CXLIX

De devotione eius ad angelos, et quid amore sancti Michaelis faciebat.

 

197 
1 Angelos, qui nobiscum in acie sunt, quive nobiscum ambulant in medio umbrae mortis (cfr. Ps 22,4; Is 9,2) maximo venerabatur affectu. 
2 Tales ubique socios reverendos esse dicebat, tales nihilominus invocandos custodes. 
3 Inoffensos eorum aspectus servare docebat, nec praesumere coram eis quod non coram hominibus (cfr. Rom 12,17) fieret. 
4 Pro eo quod in conspectu angelorum psallebatur (cfr. Ps 137,1) in choro, omnes qui possent, in oratorium convenire volebat, et ibidem psallere sapienter (cfr. Ps 46,8). 
5 Beatum vero Michaelem, eo quod animarum repraesentandarum haberet officium, saepe dicebat excellentius honorandum. 
6 Nam ad honorem sancti Michaelis, inter festum Assumptionis et festum eius, quadragenam dierum devotissime ieiunabat. 
7 Dicebat enim: “Quilibet pro tanti honore principis aliquid laudis vel muneris specialis Deo deberet offerre (cfr. Mat 5,23.24)”.

Texto Traduzido

Caput CXLIX

Sobre a sua devoção aos anjos, e o que fazia por amor a São Miguel.

 

197 
1 Tinha a maior veneração pelos anjos, que estão conosco no combate e caminham ao nosso lado por entre as sombras da morte. 
2 Dizia que esses companheiros devem ser reverenciados em toda parte e que devemos invocá-los como nossos protetores. 
3 Ensinava a não ofender sua presença, e que não se devia ousar fazer diante deles o que não se faria diante dos homens. 
4 Considerando que, no coro, salmodiamos diante dos anjos, queria que todos que pudessem comparecessem ao oratório, e que aí salmodiassem sabiamente. 
5 Mas muitas vezes dizia que devemos honrar de maneira toda especial o bem-aventurado Miguel, porque é o encarregado de representar as almas. 
6 Pois em honra de São Miguel, fazia uma quaresma de jejuns desde a festa da Assunção até o seu dia. 
7 E dizia que, “em honra de tão importante príncipe, dever-se-ia oferecer a Deus algum louvor ou algum dom especial”.