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Capítulo 59

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Capítulo 59

Como deu a capa a uma mulher que sofria dos olhos.

 

92 
1 No tempo em que São Francisco esteve no palácio do bispo de Rieti, para cuidar de sua doença dos olhos, foi consultar o médico uma pobrezinha de Maquilone, que tinha a mesma doença que o santo. 
2 Conversando familiarmente com o guardião, o santo começou a insinuar: “Irmão guardião, precisamos devolver o que não é nosso”. 
3 “Se estivermos com alguma coisa, vamos devolver”, respondeu o guardião. 
4 “Vamos devolver esta capa, que recebemos emprestada desta pobrezinha, porque ela não tem nada em sua bolsa para as despesas”. 
5 “Mas essa capa é minha, disse o guardião, e não foi emprestada por ninguém. 
6 Use-a enquanto te aprouver, mas tens que devolvê-la a mim quando não a quiseres mais”. 
7 (Na realidade, tinha-a comprado o guardião um pouco antes, para a necessidade de São Francisco). 
8 “Irmão guardião, insistiu o santo, sempre foste cortês comigo. Peço-te que mostres tua cortesia”. 
9 “Pai, faz como quiseres, tudo que o Espírito te sugerir!” disse o guardião. 
10 Então mandou chamar um secular muito devoto e lhe disse: 
11 “Toma esta capa e doze pães, e vai dizer àquela mulher pobrezinha: 
12 O pobre a quem emprestaste a capa manda agradecer o empréstimo. Agora fica com o que é teu”. 
13 Ele foi e disse como tinha ouvido. 
14 Mas a mulher, pensando que estava sendo enganada, disse enrubescida: “Deixa-me em paz com tua capa”. 
15 Mas o homem insistiu e lhe colocou tudo nas mãos. 
16 Vendo que não havia engano e com medo de perder lucro tão fácil, a mulher se levantou de noite e, esquecendo o tratamento dos olhos, foi embora com a capa.

Texto Traduzido

Capítulo 59

Como deu a capa a uma mulher que sofria dos olhos.

 

92 
1 No tempo em que São Francisco esteve no palácio do bispo de Rieti, para cuidar de sua doença dos olhos, foi consultar o médico uma pobrezinha de Maquilone, que tinha a mesma doença que o santo. 
2 Conversando familiarmente com o guardião, o santo começou a insinuar: “Irmão guardião, precisamos devolver o que não é nosso”. 
3 “Se estivermos com alguma coisa, vamos devolver”, respondeu o guardião. 
4 “Vamos devolver esta capa, que recebemos emprestada desta pobrezinha, porque ela não tem nada em sua bolsa para as despesas”. 
5 “Mas essa capa é minha, disse o guardião, e não foi emprestada por ninguém. 
6 Use-a enquanto te aprouver, mas tens que devolvê-la a mim quando não a quiseres mais”. 
7 (Na realidade, tinha-a comprado o guardião um pouco antes, para a necessidade de São Francisco). 
8 “Irmão guardião, insistiu o santo, sempre foste cortês comigo. Peço-te que mostres tua cortesia”. 
9 “Pai, faz como quiseres, tudo que o Espírito te sugerir!” disse o guardião. 
10 Então mandou chamar um secular muito devoto e lhe disse: 
11 “Toma esta capa e doze pães, e vai dizer àquela mulher pobrezinha: 
12 O pobre a quem emprestaste a capa manda agradecer o empréstimo. Agora fica com o que é teu”. 
13 Ele foi e disse como tinha ouvido. 
14 Mas a mulher, pensando que estava sendo enganada, disse enrubescida: “Deixa-me em paz com tua capa”. 
15 Mas o homem insistiu e lhe colocou tudo nas mãos. 
16 Vendo que não havia engano e com medo de perder lucro tão fácil, a mulher se levantou de noite e, esquecendo o tratamento dos olhos, foi embora com a capa.