A exposição está inserida na agenda da comemoração dos 120 anos da presença capuchinha no Estado, a mostra trará pela primeira vez ao público objetos da coleção “Sala das Malas”.
O coordenador do Museu, Frei Celso Bordignon Explica: “Cada vez que um Frei morre, dele é guardada sua mala e dentro dela os objetos pessoais que ajudam a representar sua história. A coleção “Sala das Malas”, que começou a ser formada antes mesmo da implantação do museu, preserva as memórias individuais de cada Frei que ajudou a construir a Província no Rio Grande do Sul”.
Peregrinos e Forasteiro, conforme São Francisco orientou em sua Regra, os freis faziam votos de pobreza e obediência e tinham na mala – o único bem que poderiam levar consigo – a companheira de viagem para os caminhos que a vida religiosa lhe reservava.
A exposição que abrirá as malas de diferentes frades, pretende mostrar a diversidade de trajetórias individuais, abrindo a mala de freis com diferentes ofícios, como alfaiate, pesquisador, missionário, pároco, marceneiro, músico e até os primeiros franceses que vieram implantar a ordem no estado.
Um núcleo paralelo trará ainda fotografias da vida cotidiana dos freis e documentos que mostram os deslocamentos e viagens, como passaportes e as cartas de obediência.
A exposição ficará em cartaz até o dia 14 de outubro. A abertura ao público ocorre de segunda à sexta, das 08h às 11h e 30min e das 13h e 30min às 17h. O Programa Educativo da instituição oferece visitas mediadas, atividades lúdico-criativas e atendimento em horários especiais, como finais de semana e feriados, mediante agendamento pelo e-mail [email protected].
O Museu dos Capuchinhos, que possui cadastro regularizado nos Sistemas Nacional e Estadual de Museus, completou 15 anos no dia 09 de dezembro de 2015. Tem como missão: “Preservar os acervos e as memórias que contam a história da presença Capuchinha no Rio Grande do Sul e também as particularidades que tornam especial cada Frade Capuchinho”. Funciona numa edificação da década de 1950, com área total de 852 m². Abriga atualmente Sala de Exposições Temporárias; Biblioteca com Livros Especializados e Obras Raras; Laboratório de Restauro de Papel e Ateliê de Pintura; Arquivo Documental e Reservas Técnicas.
O acervo possui coleções divididas em:
- Acervo Museológicos: formado por arte sacra, alfaias e objetos cotidianos provenientes das igrejas, conventos e casas capuchinhas;
- Acervo Documental: formado por documentos textuais e fotografias das Fraternidades e Instituições ligadas aos Capuchinhos no Rio Grande do Sul e também por documentos pessoaisde freis falecidos;
- Acervo Bibliográfico: títulos especializados em Teologia, Filosofia, História da Igreja e da Ordem; P ublicações de Frades Capuchinhos, história regional; obras raras do século XVI, XVII, XVIII e XIX.
O Museu está desenvolvendo o projeto “Uma assinatura para a Arte Anônima”, aprovado pelo Fundo Municipal Financiarte que tem como objetivo a elaboração de um dossiê de pesquisa acerca de 47 obras de arte sacra, visando identificar a procedência, autoria e descrição estilística das obras
O Muscap realiza exposições temporárias com recortes do acervo por temática. O processo de Documentação Museológica utiliza plataforma de última geração capaz de disponibilizar o acesso a pesquisadores de qualquer lugar do mundo através da internet. O Laboratório de Conservação e Restauro está equipado para atender um museu de médio porte, sendo considerado o mais estruturado da Região. O Museu atua também com educação patrimonial oferecendo atividades que envolvem escolas e projetos sociais.
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Frei João Carlos Romanini (Muscap)