Bem-aventurada Luísa de Savoia
Viúva, religiosa da Segunda Ordem (1462-1503). Aprovou seu culto Gregório XVI no dia 12 de agosto de 1839.
“Em 24 de julho, em Orbe, na Savoia, a beata Luísa, viúva, da ordem segunda de S. Francisco (clarissa). Se ilustre era pela nobreza de linhagem, mais ilustre se tornou pela santidade de vida. Seu culto foi confirmado pelo sumo pontífice Gregório XVI (do martirológio franciscano). Efetivamente Ludovica (ou Luísa, em português) nasceu em 28-12-1462, filha do duque Amadeu IX de Sabóia e Iolanda de França. Em 1479 casou-se com Hugo de Châlon-Arlay, senhor de Château-Guyon.
Toda a sua vida, desde a juventude, na corte e depois como esposa, foi sempre marcada por uma grande austeridade e uma profunda piedade. Mas em 1490, com 11anos de casada, ficou viúva. Passados dois anos, retirou-se para o mosteiro das clarrissas de Orbe (Vaud) doando à Igreja do mosteiro todos os seus bens. No claustro atingiu rapidamente o vértice das virtudes cristãs, decorrendo a sua vida na prática do exercício da oração, do silêncio e da pobreza mais austera, conforme a regra de Santa Clara. A irmã morte a alcançou no dia 24 de julho de 1503 nesse mosteiro.
Recordamos esta beata porque a sua família veio a reinar no Piemonte e Sardenha e foi exatamente com a sua família que se deu a unificação da Itália em 1870. Aliás a família da casa de Savoia sempre foi muito dedicada à Igreja, e entre as mulheres sempre houve grandes santas, algumas a caminho dos altares.
O famoso sudário de Turim também pertenceu à casa de Savoia que governou a Itália até o final da segunda guerra mundial, quando foi proclamada a república. O último rei da Itália, ao morrer, deixou o sudário de Turim para a Santa Sé.