Serva de Deus Maria Teresa Lega
Virgem da Terceira Ordem Regular (1812-1890). Fundadora das Irmãs da Sagrada Família da Terceira Ordem de São Francisco. O processo de beatificação está em curso.
Maria Teresa Lega nasceu a 13 de janeiro de 1812 em Brisighella, Itália. Seus pais Miguel e Gentile Tondina, no batismo lhe colocaram o nome de Ana. Na infância contribuíram a amadurecer em sua filha os dons que Deus lhe deu. Para uma mais ampla formação e para sua mais sólida educação religiosa, a 20 de outubro de 1824 a confiam às Irmãs Dominicanas do Colégio Emiliani de Fognano, onde permanece até 31 de julho de 1831. Ao regressar para sua família, sente com mais insistência a voz de seu Senhor. Ele a chama para entregar-se toda inteira na vida consagrada. Mas antes de realizar tal ideal, depara-se com a oposição de seus pais. Finalmente eles condescenderam e com sua benção pôde regressar a Fognano, onde depois do ano de noviciado, a 27 de setembro de 1835, pôde emitir com gozo sua profissão religiosa.
Seu novo nome foi Irmã Maria Teresa da Exaltação da Cruz, um presságio da futura vida à que o Senhor a chamaria. Maria com Jesus e José na Sagrada Família, Teresa como Teresa de Ávila, tornou-se fundadora de um novo instituto, o da Exaltação da Cruz, com São Francisco, o estigmatizado no monte Alverne. Foi intensa sua atividade no mosteiro de Fognano. Duplo seu trabalho, o de seguir e instruir e formar cultural e cristãmente as jovens do conservatório. Os pais das moças e as co-irmãs se sentiam satisfeitos com a preciosa obra da forjadora e Mestra, desempenhados por Irmã Maria Teresa. Outro delicado ofício, o de mestra das noviças, as jovens que aspiravam a vida religiosa.
Este maravilhoso e difícil itinerário cada dia a unia mais a Deus e a encaminhava pela via da perfeição. Mas nem tudo aparecia claro em sua vida. Ainda lhe ressoava no coração a voz de Jesus: “O que fizeres ao mais pobre de meus irmãos menores o considero feito a mim mesmo”. Em Fognano eram acolhidas somente moças abastadas e a porta se fechava às mais pobres. Isto para ela foi motivo de dor. O Senhor lhe inspirava a fundação de um novo instituto onde foram recebidas moças pobres, abandonadas, expostas aos perigos da rua.
Reza, sofre, luta, pede conselho para conhecer melhor a vontade de Deus. Um precioso autógrafo do Papa Pio IX de 24 de outubro de 1858 lhe traz o caminho que deve empreender. Finalmente Irmã Maria Teresa Lega, a 16 de julho de 1871 em Modigliana pôde realizar o seu sonho longamente acariciado, com a fundação do Instituto das Irmãs da Sagrada Família da Terceira Ordem Regular de São Francisco, com a finalidade de acolher, assistir e formar jovens expostas às insídias da rua. Na idade em que outros pensam no descanso, ela começa uma vida dinâmica. Muitas foram as casas abertas em diversas localidades, muitas crianças assistidas maternalmente, muitas as Irmãs da Sagrada Família que a ajudaram em seu apostolado. A Madre, com bondade e segurança guiou sua obra. Do exemplo da Sagrada Família e de São Francisco tomou inspiração e celeste proteção.
A 27 de janeiro de 1890, aos 78 anos de idade, em Cesena, Jesus, seu esposo, a chamou às bodas eternas: “Tudo o que fizeste a meus irmãos mais pequeninos, o considero feito a mim mesmo: esposa de Cristo, entra no gozo de teu Senhor!”. Hoje no paraíso a madre Maria Teresa está cercada de suas filhas espirituais, que continuam sua obra na Romaña, nas Marcas, na Toscana, no Lácio e na Colômbia. Na oração e na ação elas esperam a hora da glorificação de sua Madre fundadora.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.